Este é um blog dedicado exclusivamente para o caipira, sua música, seus causos enfim tudo que tenha a ver com a vida simples do homem do campo. Aqui vc vai encontrar links para sites que tem interesse no resgate e preservação deste estilo.

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Campanha e Cuiabano

Bom Dia
Cumpadres e Cumadres
Segue abaixo o link para uma raridade... mais uma que as grandes gravadoras tanto desprezam...

Campanha e Cuiabano
O perigo de amar demais
Ano: 1975

(2-11-405-102)

Lado A

1- Nasci pra te amar (Jose Rico - Sebastião Victor)
2- Mãos que falam (Jose Fortuna)
3- A menina que eu amo (Lourival dos Santos - Zé Maringá)
4- Muito obrigado querida (Dorinho - Meirinho)
5- Porto do Adeus (Mococa - Dorinho)
6- Sentimento sertanejo - (Jose Fortuna - Pitangueira)
Lado B
1- Rainha do mar (Adilson Bitencourt - Robson)
2- O colono (Teixeirinha)
3- O perigo de amar demais (Jose Fortuna - Pitangueira)
4- Boiadeiro de palavra (Moacir dos Santos - Lourival dos Santos - Tião Carreiro)
5- Velho candieiro (Jose Rico - Duduca)
6- Cabocla Bonita (Raul Torres)


Gravadora Chantecler



Campanha e Cuiabano - O perigo de amar de mais

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Campanha e Cuiabano

Antônio Campanha (Campanha) nasceu em Monte Alto-SP no dia 05/12/1925; Olívio Campanha (Cuiabano) nasceu também em Monte Alto-SP no dia 05/03/1928 e faleceu em São José do Rio Preto-SP no dia 16/06/1981.
Antônio iniciou sua carreira musical ainda criança, com apenas 12 anos de idade, quando formou dupla com seu irmão mais velho Augusto Campanha, que era considerado excelente Cantor e Violeiro, na época. Integrou com alguma regularidade a dupla "Campanha e Angelim" e, quando já contava com seus 20 anos, Antônio venceu um concurso de Cantadores na região e integrou também a dupla "Campanha e Paulista".
Junto com seu irmão Olívio, Antônio chegou tocar em alguns circos, dentre eles, "Nosso Circo" em São José do Rio Preto-SP. A dupla com Olívio foi formada nessa época, no ano de 1948, ocasião na qual começaram cantando na Rádio PRB-8 de São José do Rio Preto-SP.
A nova dupla costumava se apresentar com o nome de "Irmãos Campanha" e também como "Campanha e Seu Irmão". No ano de 1952, Antônio e Olívio seguiram para a Capital Paulista onde fizeram um teste na Rádio Nacional, com o diretor Costa Lima. Foram aprovados e se apresentaram durante vários anos nessa famosa emissora paulistana.
Antes disso, os dois irmãos estiveram pertinho de fechar o contrato com a extinta Rádio Tupi, mas acabaram, de última hora, perdendo a vaga para a dupla " Palmeira e Luizinho".
Foi por sujestão dos compositores Arlindo Pinto e Anacleto Rosas Jr. que Antônio e Olívio acabaram adotando para a dupla o nome artístico de "Campanha e Cuiabano", apesar de Olívio não ter nascido em Cuiabá-MT.
De acordo com Ayrton Mugnaini Jr. em seu livro "Enciclopédia das Músicas Sertanejas" e também no encarte do CD da dupla na Série "Luar do Sertão" lançada pela BMG (antiga RCA), "...numa reunião de amigos, incluindo Arlindo Pinto e Anacleto Rosas Jr., comentou-se que 'Irmãos Campanha' não era um bom nome, por ser pouco marcante, não destacando um ou outro integrante da dupla. Perguntou-se quem mais se destacava; era Antônio, o compositor. Então ele ficou sendo o Campanha. Faltava um nome marcante para seu irmão; e o escolhido foi Cuiabano, por ser sonoro e ainda não ter sido usado por qualquer outra dupla vocal..."
O primeiro disco 78 RPM de Campanha e Cuiabano foi gravado no ano de 1953, com o cururu "Barra Bonita" (Arlindo Pinto - Priminho) e a moda campeira "Pião Vira-Mundo" (Campanha - Benedito Seviero).
No ano seguinte, 1954, Campanha e Cuiabano conheceram o acordeonista Célio Cassiano Chagas, o Celinho, de Conceição das Alagoas-MG, que se juntou à dupla e os acompanhou durante alguns anos, porém, somente em apresentações ao vivo, já que o trio "Campanha, Cuiabano e Celinho" não chegou a gravar nenhum disco. A formação do trio aconteceu por sugestão do radialista Nhô Zé que era diretor da programação sertaneja da Rádio Nacional de São Paulo-SP. A partir de 1960, Celinho (foto à esquerda) passou a acompanhar a dupla Pedro Bento e Zé da Estrada, com quem se apresenta até os dias atuais.
Campanha e Cuiabano também foram acompanhados em algumas gravações pelo acordeonista Pirigoso.
Também merecem destaque outras belíssimas interpretações de Campanha e Cuiabano tais como "Genuína Cana Verde" (Celinho - Lázaro Franco de Godoy), "Novo Castelo" (Campanha - Pirigoso), "Um Berrante na Solidão" (Ramon Cariz - George AB), "Desprezo de Amor" (Souza - Campanha), "Rolinha Cabocla" (João Pacífico - Raul Torres), "Morrendo de Saudade" (Jane Rossi da Rocha - Cuiabano), "Lá Na Fazenda" (Francisco Lacerda - Ricarda Jardim) e "Rei da Estrada" (Quintino Eliseu - Luiz Alves Pereira), apenas para citar algumas.
Apesar de terem gravado na Sinter, Copacabana, RCA, Odeon e Chantecler, a discografia de Campanha e Cuiabano encontra-se quase que totalmente esquecida e praticamente inexistente no comércio, excessão apenas ao CD da série "Luar do Sertão" que a BMG (antiga RCA) remasterizou no ano 2000, com belíssimas interpretações bastante representativas da dupla, gravadas entre 1961 e 1963. O encarte do CD também é enriquecido com o comentário de Ayrton Mugnaini Jr. Fora esse CD, encontramos gravações de Campanha e Cuiabano apenas em alguns CD's de coletâneas da BMG e da EMI (com acervo das antigas Odeon e Copacabana).
Cuiabano, pouco antes do seu falecimento em 1981, chegou a transferir seu nome artístico ao seu outro irmão João Jaime Campanha (nascido em Palestina-SP em 1943 e falecido em São José do Rio Preto-SP em 1999).
Campanha ainda chegou a formar uma dupla com o acordeonista Pirigoso com quem gravou o LP "Mourão da Porteira" pela K-Tel em 1981. E em 1983 Campanha chegou a gravar em "carreira-solo" o LP "Baile das Cordas" pelo selo Laço.
Consta que Campanha trabalha atualmente como empreiteiro na compra e venda de imóveis e também apresenta o seu programa de rádio na Emissora Independência de Mirassol-SP. E Campanha não descarta a possibilidade de voltar a cantar, já tendo recebido diversos convites!

Essas informações foram coletadas no site Boa Musica Brasileira do nosso cumpadre Ricardinho

terça-feira, janeiro 16, 2007

A historia do Vinil

A postagem abaixo foi postada pelo Cumpadre Samuel la no Grupo Caipira Raiz
e é por demais interessante


O disco de 78 rpm no Brasil

O fonógrafo foi inventado por Edison sob a forma de cilindro e
aperfeiçoado para o disco por Emile Berliner. No Brasil, o introdutor
foi Frederico Figner, mais conhecido como Fred Figner, que para cá
trouxe o invento em 1902 e aqui lançou as primeiras gravações seja sob
a forma de cilindro seja sob a forma de discos ou chapas, como eram
chamadas.

Estas gravações figuram na Discografia Brasileira como as gravações
mecânicas no período de 1902 até 1927 quando tiveram inicio as
gravações elétricas.

As mecânicas são conhecidos como os discos da Casa Edison e as
elétricas já receberam o nome dos novos fabricantes: Odeon, Victor,
Columbia, Brunswick e Parlophon. Foram as primeiras marcas do mercado.

Em 1931 a Parlophon foi absorvida pela Odeon. A Brunswick deixou o
mercado brasileiro por esta época e em 1945 a Columbia passou a se
chamar Continental. As marcas Star, Sinter, Todamérica, Copacabana e
outras vieram depois, no final da década de 40 ou início da década de 50.

Mais para o final, já próximo da década dos 60, surgiram uma
infinidade de marcas de vida efêmera mas que nem por isso deixam de
ser importantes porque vamos encontrar nelas o registro da música de
muito compositor de renome e até mesmo alguns cantores que marcaram
época no Brasil.

Estes discos registraram toda a cultura musical brasileira de 1902 até
1964 quando desapareceram do mercado dando lugar aos long-playings que
no Brasil começaram a ser fabricados em 1950."

FONTE:http://www.collecto rs.com.br/ CS06/index. shtml

Samuel dos Reis Garcia