Este é um blog dedicado exclusivamente para o caipira, sua música, seus causos enfim tudo que tenha a ver com a vida simples do homem do campo. Aqui vc vai encontrar links para sites que tem interesse no resgate e preservação deste estilo.

terça-feira, outubro 12, 2010

Rodrigues Viola e Henrique:


Adilson Rodrigues da Silva, o Rodrigues Viola, nasceu em Corbelia-PR, no dia 26/11/1976 e trouxe do berço a paixao pela Música. Filho de cantores, começou os Estudos de Violão em 1991 e se encontrou com a Viola Caipira em 1997, com os Ponteios e performances do Violeiro Roberto Correa de quem é grande admirador.

Henrique Blini Sierra, o Henrique, nasceu na "Capital do Boi", Araçatuba-SP, no dia 28/04/1983. Apaixonado pelas coisas do campo, tem na Viola Caipira a inspiraçao oriunda dos Ponteios e Composições dos Mestres Tião Carreiro e João Mulato, de quem é também amigo particular.

A jovem Dupla nasceu em Setembro de 2004, num momento em que Adilson e Henrique não formavam dupla com nenhum parceiro e resolveram se unir para participar do Festival da Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê, organizado pelas Secretarias de Cultura dos Municípios de Araçatuba-SP e Birigui-SP. Na modalidade Música Inédita, eles apresentaram "Tietê Sangue da Terra" (Rodrigues Viola) com a qual conquistaram o Primeiro Lugar!!

De acordo com Graziela Nunes, em nota no Jornal Folha da Região, de Araçatuba-SP, no dia 04/07/2007, "...O evento só permitia a inscrição de Duplas e, como Rodrigues Viola estava sem parceiro, ligou para Henrique, convidando-o para participar. 'Os candidatos tinham que apresentar composições próprias, tanto na letra como na melodia. Falei com ele às 11h:00 e disse que já estava com o material pronto. Pedi para ele me encontrar às 13h:00 para passar o som. Nesse intervalo de duas horas escrevi a canção e fiz os arranjos', revela o Violeiro, que contou a verdade para o amigo só no fim do festival. 'Se eu falasse que ainda não tinha nada preparado, a poucos dias do concurso, ele não iria querer participar', diverte-se. A composição instantânea garantiu aos dois Violeiros o Primeiro Lugar no concurso (...) Conforme os Violeiros, nos festivais são avaliadas a postura e a afinação da Dupla e do instrumento que está sendo tocado. 'Geralmente, as pessoas esperam senhores Violeiros, trajando roupas iguais e com uma postura vocal parecida. Daí, aparece um cara baixinho, de óculos, com cara de roqueiro e um cara grande, todo devagar (referindo-se ao parceiro). Ninguém dá nada para a gente, até começarmos a cantar', admite Rodrigues Viola. Para o Músico, o Violeiro nato é aquele que masca fumo, bebe uma pinguinha e lida com a terra, enquanto que ele não sabe nem andar a cavalo. 'O Henrique é nosso cartão de visitas, ele tem um jeitão mais matuto', brinca... Rodrigues Viola se aproximou da Música Caipira para sentir a presença do pai, logo que ele faleceu. A influência paterna é a mesma no caso de Henrique, que carrega como herança o gosto eclético do pai. 'Ele me apresentou várias coisas, mas optei por Tião Carreiro e Pardinho', conta..."

E, de acordo com Henrique, "...alguns achavam que pensávamos muito diferente sobre a Música, mas a diferença se tornou nossa maior Qualidade. Trazemos em nosso Repertório Músicas dos maiores Compositores de Raiz do Brasil, misturado com alguns Instrumentais, dentre eles, o que colocou Rodrigues Viola entre os 16 Melhores do brasil no Segundo Prêmio Syngenta de Música de Viola em 2005... Ao ouvir 'Rodrigues Viola e Henrique' você vai viajar por épocas e paisagens onde jamais esteve... Nas canções, descobrirá o Verdadeiro Estilo Sertanejo..."

Quero aqui destacar o CD "Te Esperando" gravado recentemente pela Dupla no Estúdio 2000 de Birigui-SP, tendo como Produtor Executivo André Sierra Assencio "Andy Sierra"; Direção Musical e Arranjos a cargo de Rodrigues Viola e Henrique; Técnico de Gravação e Mixagem: Clebinho; Masterização: MCK; Seleção de Repertório também a cargo de Rodrigues Viola e Henrique; Direção de Arte e Projeto Gráfico: Denise Sierra e MCK; Fotografado por Márcio no Rancho Renascer em Araçatuba-SP.

O CD conta com a participação de Rodrigues Viola e Henrique, na Viola, Violão Solo e Violão Base, além de Clebinho no Acordeon, Baixo, Bateria e Percussão, além das participações especiais de Cléo (Declamação em "Boiada Cuiabana" (Raul Torres)) e também Andy Sierra e Altamir (Catira em "Pescador e Catireiro" (Cacique - Carreirinho)).

Destaque para as belíssimas interpretações de suas Composições Próprias "Tietê Sangue da Terra" (Rodrigues Viola) e "Lembranças de Boiadeiro" (Henrique - Rei do Valle), além de Clássicos do Repertório Caipira Raiz, tais como "Boiada Cuiabana" (Raul Torres), "Hoje Eu Não Posso Ir" (Lourival dos Santos - Tião Carreiro), "Pescador e Catireiro" (Carreirinho - Cacique), "A Mâo do Tempo" (Jose Fortuna - Tião Carreiro) e "Raízes do Amor" (José Fortuna - Paraiso), e também Composições de Valdemar Reis tais como "Minha Amiga" (Valdemar Reis - Rodrigues Viola), "Jeitão de Caboclo" (Valdemar Reis - Liu), "Tô Fora e Tô Dentro" (Valdemar Reis), além da faixa-título "Te Esperando" (Valdemar Reis - Nilson Nunes).

Ainda de acordo com Graziela Nunes, em nota no Jornal Folha da Região, de Araçatuba-SP, no dia 04/07/2007, "Cantar o Sertão, com seu chão de terra batida, paixões avassaladoras e amores não-correspondidos ao som da Viola Caipira, é um tributo permanente ao Homem do Campo. O desafio foi encarado pela Dupla 'Rodrigues Viola e Henrique', que, há três anos juntos, dispensou as impressões de atípicos. Eles têm menos de 30 anos de idade e se dedicam às genuinidades da Música Raiz. Tal comprometimento pode ser conferido no CD 'Te Esperando', primeiro álbum da Dupla, lançado recentemente. O disco traz 14 Músicas, com faixas inéditas e regravações de modas de Tião Carreiro e Pardinho, como 'Raízes do Amor' (José Fortuna - Paraiso) e 'Hoje Eu Não Posso Ir' (Lourival dos Santos - Tião Carreiro), que ganhou arranjos mais longos. Quem não conhece as proezas da região terá a oportunidade de ouvir a versão original de 'Jeitão de Caboclo' (Valdemar Reis - Liu), do Músico Araçatubense Waldemar Reis. 'Essa música tem tudo a ver com a região, pois o Compositor morava no bairro Baguaçu', diz Rodrigues Viola. Os arranjos apresentam sonoridade tradicional e não recebem nenhum tipo de recurso eletrônico. As passagens de Violão e Viola de Base e Solo foram feitas pela Dupla, que recebeu a ajuda de outro Músico [Clebinho] na Percussão, Baixo e Acordeão."


Contato para shows e venda de CDs:

Em Araçatuba-SP: (18) 3623-8399
Em Birigui-SP: (18) 3642-0840

e-mail: violeirossertanejos@yahoo.com.br

Material coletado no site boa musica brasileira, do nosso cumpadre Ricardinho

terça-feira, agosto 31, 2010

Dissertação transformada em livro aproxima a trajetória de Cascatinha e Inhana do grande público


Da cultura popular para a academia e da academia para o grande público. São esses dois trajetos que o fenômeno Cascatinha e Inhana, dupla caipira de imenso sucesso no Brasil nas décadas de 50 e 60, experimentou pelas mãos do mestre em Literatura Brasileira pela Unesp de Rio Preto Alaor Ignácio dos Santos Júnior, responsável pela dissertação “Cascatinha e Inhana: uma história contada às falas e mídia”, agora transformada em livro (publicação pela Editora Annablume, com o apoio da Faperp – Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão de Rio Preto).

Movido sobretudo por interesses pessoais – amigos que realizavam um trabalho de resgate da cultura popular do interior paulista e memórias de seus pais e familiares cantando as músicas da dupla –, Alaor procurou Cascatinha, que morava em Rio Preto na década de 90, e o convidou para contar sua história. O resultado foram seis horas de gravação e muitas ideias para aproveitar o material. Uma delas, incentivada pelo então professor da Unesp Romildo Sant’Anna, foi o ingresso no Programa de Pós-Graduação em Letras, na linha de pesquisa de Cultura Popular. “Costumo dizer que o Programa que entrou na minha pesquisa, e não o contrário”, afirma.

Sob a orientação do professor Antonio Manoel dos Santos Silva, Alaor ampliou então a dimensão do trabalho, que deixou de ser apenas biográfico para abranger todo o contexto que envolvia a dupla: os aspectos históricos relacionados à música popular brasileira, a introdução da guarânia no Brasil, as origens paraguaias de dois dos maiores sucessos da dupla (“Índia” e “Meu primeiro amor”), entre outras questões. “Foi uma busca de abordar diversos fatores que direta ou indiretamente colaboraram para explicar o fenômeno que foi a dupla Cascatinha e Inhana, que, embora ignorados pela academia e esquecidos pela mídia, foram imortalizados pela oralidade popular”, avalia o autor.

Para o orientador da pesquisa, o trabalho incide sobre um tipo de estudo que hoje é muito comum, chamado de estudo de fronteira, o qual põe em relação coisas que aparentemente são separadas, como a cultura popular e a erudita, a música e a poesia, o cinema e a literatura etc. E explica: “A proposta do Alaor foi mostrar como se deu a mediação entre a cultura popular – que já era mediadora, visto que a dupla se baseava no trabalho do letrista José Fortuna, que, por sua vez, traduzia canções paraguaias – e o público, tornando Cascatinha e Inhana um fenômeno popular”.

O livro, que já está disponível nas bibliotecas públicas de Rio Preto e em livrarias, ganhará ainda mais projeção porque com o mesmo tema, porém numa linguagem acessível ao público neoleitor (pessoas recentemente alfabetizadas), Alaor ganhou o Prêmio Literatura Para Todos, do Ministério da Educação, que escolheu dez livros em língua portuguesa. Serão impressos 300 mil exemplares de “Cascatinha e Inhana: A História e os Trinados dos Sabiás do Sertão” para distribuição em bibliotecas de escolas públicas, entidades parceiras do programa “Brasil Alfabetizado”, núcleos de instituições de educação superior e unidades prisionais.

Ligya Aliberti

materia tirada do site da Unesp

segunda-feira, julho 12, 2010

Aniversario de nascimento de Cornelio Pires


No dia 13 de Julho do ano de 1884, um domingo de muito frio, nasceu Cornélio Pires, na cidade de Tietê, veio à luz na chácara de seus tios Eliseu de Campos, (Chico Eliseu) e Isabel Pires de Campos, (Nhá Be), avô do popular Ariowaldo Pires (Capitão Furtado) e do radialista Mauro Pires.

em 17 de Fevereiro de 1958, as 2:30 h , falecia Cornélio Pires no Hospital das Clínicas de São Paulo, vítima de câncer na laringe. Seus restos mortais foram trasladados no mesmo dia para sua cidade natal e sepultados no cemitério local. Faleceu solteiro convicto e em plena lucidez, tinha 74 anos incompletos. Foi enterrado de pijamas e descalço, conforme sua vontade.

( As informações acima, sobre a biografia de Cornélio me foram gentilmente cedidas por seu sobrinho, Renato José Poleti Osório, residente em São Paulo. )

RETIRADO DO SITE:

http://www.widesoft.com.br/users/pcastro4/biogrcp.htm


DO NOSSO CUMPADRE PAULO ROBERTO DE MOURA CASTRO

quarta-feira, maio 12, 2010

"VIDA E ARTE DE ZÉ FORTUNA E PITANGUEIRA"


Autor: Euclides Fortuna | Editora: FORTUNA | Páginas: 230
O livro é uma biografia da vida pessoal e artística de José Fortuna, juntamente com seu irmão, o Pitangueira, retratando desde a infância em Itápolis, a luta pelo sonho de se tornarem artistas reconhecidos, o sucesso com o Trio OS MARACANÃS, a vida teatral, os circos, a inspiração, até a morte de José Fortuna em 1983. É totalmente ilustrado e dirigido a todos os que amam e admiram a música sertaneja, desejosos de conhecer a escalada dos grandes nomes que fincaram os primeiros alicerces desta música raiz.

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

POVO CAIPIRA DE LUTO

Foi com profunda tristeza que a Cultura Caipira recebeu a notícia do falecimento de José Ramiro Sobrinho, o Pena Branca, no início da noite de 08/02/2010, após sofrer um infarto em sua residência no bairro paulistano do Jaçanã.

Nascido em Igarapava-SP no dia 04/09/1939, José Ramiro formou junto com seu irmão Ranulfo Ramiro da Silva uma das Duplas mais afinadas e mais representativas da nossa Música Caipira Raiz, que foi a inesquecível Dupla Pena Branca e Xavantinho!

Além das belíssimas interpretações no Estilo Caipira Raiz, a Dupla Pena Branca e Xavantinho também se notabilizou pelo "casamento harmonioso" da Fina Flor da MPB com a Música Caipira Raiz, tendo terçado as vozes em belíssimas Composições de Milton Nascimento, Chico Buarque, Paulinho Nogueira, Djavan e Guilherme Arantes, apenas para citar alguns!

Tendo passado mal em casa, Pena Branca foi conduzido às pressas pela Esposa Maria de Lourdes e por sua vizinha para o Pronto-Socorro do São Luiz Gonzaga (PS Jaçanã), onde faleceu às 18h:10min.

Para Pena Branca, que nunca havia apresentado nenhum sinal de problemas no coração, esse dia havia transcorrido dentro da normalidade em sua casa, onde ele tinha inclusive tocado algumas Músicas em sua Viola. Foi um enfarte fulminante que levou o "Mano Véio" Pena Branca ao reencontro com Xavantinho...

Seu corpo foi sepultado no Cemitério Parque dos Pinheiros, próximo à Rodovia Fernão Dias.

MATERIA COLETADA NO SITE BOA MUSICA BRASILEIRA DO NOSSO CUMPADRE RICARDINHO