Este é um blog dedicado exclusivamente para o caipira, sua música, seus causos enfim tudo que tenha a ver com a vida simples do homem do campo. Aqui vc vai encontrar links para sites que tem interesse no resgate e preservação deste estilo.

quinta-feira, outubro 19, 2006

Historia do Cururu

História do Cururu

- Tradição Caipira

O Tietê é um rio curioso, ao atravessar São Paulo consegue manter-se vivo e, ao contrário dos outros rios que correm para o mar, ele avança em direção ao interior do estado, levando a tradição e cultura daqueles que nele navegam.

Uma das mais importantes formas de manifestação interiorana brasileira veio através do Tietê, trazida pelos bandeirantes, mas com raízes portuguesas, o cururu.
No início, o cururu, que muito provavelmente tenha sido usado pelos jesuítas para catequizar os índios, era dançado mas o deixou de ser com o tempo, mas a tradição da cantoria permanece viva na região do médio Tietê que abrange cidades como Piracicaba, Tietê, Conchas, Anhembi, Botucatu e Laranjal Paulista,Sorocaba,tatui,votorantin, entre outras.
A simples palavra cururu já causa controvérsias, enquanto alguns historiadores apontam sua origem para um tipo de sapo, outros a atribuem para a versão regional da dança de São Gonçalo, mas histórias a parte, o cururu é rico mesmo em poesia e espontaneidade.
O cantador de cururu é chamado canturião e ele deve cantar em determinada carreira ou linha, que nada mais é do que a sílaba final na qual se deverá fazer a rima, ou às vezes se torna uma letra do alfabeto que pode ser o a, o i ou o s, e dessa forma rimar os versos, sendo que sempre se usam as palavras na forma em que se fala na região, ou seja, na carreira do a pode se usar as palavras cantá e falá, na carreira do i temos como exemplo pedí e subí, e na carreira do s podem ser ditas amanhecê, conhecê e acontecê.
Para iniciar a cantoria, o canturião precisa primeiro fazer uma louvação, que é uma saudação ao povo ou louvação aos santos, só depois é permitido cantar o desafio. O cantador tem liberdade de tempo para cantar e só quando finalizar é que o desafiante pode iniciar a resposta, que precisa ser na mesma carreira.
Quanto aos temas, eles podem ser políticos, sociais, esportivos ou religiosos, sendo que este último é designado geralmente como cantar na letra ou na folha, ou seja, cantar de acordo com as escrituras bíblicas, o que exige grande conhecimento e destreza dos cururueiros.
A tradição do cururu, que também existe nos estados do Mato Grosso, Goiás e até na Amazônia, manteve o seu berço no interior paulista, que é onde viveram e vivem seus grandes nomes.
Cornélio Pires foi quem levou o cururu aos palcos, ainda em 1910 e mais tarde ao rádio.Como todo gênero musical enraizado na cultura do seu povo, o cururu teve seus heróis basicamente na figura de quatro ícones:

Nhô-Serra, conhecido como o Cururueiro do Microfone, foi quem melhor popularizou a imagem de cantador, tornando-se talvez, o mais importante de todos no sentido de difundir a tradição. Morto em 1997, teve nas suas últimas palavras, a tristeza de admitir que o cururu é uma tradição, como outras no país, que não está sendo renovada e conseqüentemente, se extingüindo.

Pedro Chiquito, também falecido, foi mestre na arte do repente e ficou conhecido como o mais eclético de todos os cururueiros.

Parafuso, falecido na década de 1970 e imortalizado por Tião Carreiro & Pardinho com a musica Negrinho Parafuso. Era conhecido como o caçoísta (sarrista), tendo ganho o apelido por rodopiar num salto como um parafuso ao arrematar um repente bem sucedido.

Zico Moreira, o maior patrimônio vivo desta cultura, no alto dos seus 97 anos de idade. Seu Zico exibe saúde e lucidez, quando canta impressiona qualquer pessoa leiga ou letrada na cultura popular. Zico é conhecido como o maior poeta do gênero. De seus repentes saíram verdadeiros poemas como a carreira de São João, na coluna ao lado.

A viola é a companheira ideal do cururu, que diferentemente do repente nordestino, tem função melódica e pode também ter acompanhamento de pandeiro e reco-reco.Como o cururu era dança, depois canto de origem religiosa até a primeira metade do século, ele era praticado em procissões, quermesses e eventos sacros em geral, mas hoje em dia os motivos para os desafios são bem mais diversos e os locais em que ainda são realizados também, basta ter uma viola tinindo que se ouvirá o larai larai de um cantador. Por isso, não se acanhe, se por acaso estiver pela região do médio Tietê, é só avistar algum matuto enrolando um cigarrinho de palha e perguntar onde possa ouvir algum desafio que com certeza vai ser bem informado, uma vez que você vai estar na região onde nasceu Angelino do Oliveira, Raul Torres, Serrinha, Cornélio Pires e Capitão Furtado.

LUIZINHO ROSA autor de PODER DO CRIADOR, gravado por goiano e paranaense

(Silvio Mariano, Piracicaba, SP,)

*Informações coletadas no site Viola Tropeira

Cururu

O que é cururu?

Concebido como dança de roda, na zona rural da região do Médio Tietê, o Cururu foi levado como espetáculo ao público urbano, pela primeira vez em 1910, por Cornélio Pires.

Apesar de ser inicialmente dançado, o Cururu é sobretudo, um Canto de Repente, de modo que as letras, a melodia e a música são feitas com total improviso.

Cada improviso deve respeitar um tipo de regra: as rimas dos versos de repente obedecem às carreiras, que podem ser do "A", que implica como rimas no verbo "...ar", por exemplo: "dançá" e "cantá"; do Sagrado, com rimas em "...ado", por exemplo: "cansado" e "desajeitado".

Embora conduzido ao som de viola, que marca o compasso e pelos versos do cururueiro, o Cururu também tem na sua tradição, uma participação do público, que pode aplaudir uma combinação brilhante de palavras nos versos, ou então, criticar o desempenho do canturião, quando este perde o compasso da viola e "...perde a batida".

Totalmente improvisado, mas cumprindo regras determinadas pelas tradições folclóricas, o Cururu foi criado por motivos religiosos, com base em eventos da igreja Católica, principalmente nas Festas em devoção ao Divino Espírito Santo, quando na hora em que ocorre o "pouso do divino", o cururueiro começa a cantar para saudar a chegada do Divino.

Esse é o considerado "auge" de uma apresentação de Cururu, onde o canturião deve mostrar todos os seus conhecimentos e habilidades para rimar versos bíblicos e com eles, desenvolver dentro deles, uma história.

Assim como uma narrativa escrita, o Cururu é uma história cantada, onde o assunto a ser cantado é decidido pelo próprio cururueiro. Na verdade é ele quem dará rumo ao que será tratado durante a "cantoria".

O Cururu, além de ter motivos religiosos pode ser denominado como canto de Repente, só que o diferencial do repente paulista para os demais, como o repente gaúcho e nordestino, está nas particularidades, que podem ser referidas como diferenciais entre cada uma, mas o que ambas possuem em comum é a improvisação durante a apresentação musical.

Entre outros aspectos, o que mais é exigido de um canturião de Repente é que ele tenha amplo conhecimento, ou seja, deve mostrar que sabe sobre o que está acontecendo e que conhece como ninguém, os versos bíblicos.

*Informações coletadas no site Viola Tropeira

quarta-feira, outubro 18, 2006

Zé do Rancho e Zé do Pinho

Olá Cumpadres & Cumadres!
Bom Dia Cumpadres e Cumadres

Tomei a liberdade de copiar a mensagem na integra e postar aqui, visto que a intençao deste blog é divulgar a musica caipira raiz, e os sites, blogs e grupos interessados neste intento tambem. Então apresento a vcs o Grupo Caipira Raiz:
É uma brilhante idéia e o nosso Cumpadre Samuel "Caipira do Sur de Minas" merece o nosso respeito e todo aplauso e incentivo, assim como os demais membros do Grupo Caipira Raiz
Atraves da postagem abaixo já dá para ter uma idéia do brilhante trabalho do grupo acima citado:

Olá Cumpadres & Cumadres!



S@ud@ções C@ipir@s!



Àqueles que acabaram de entrar para o Grupo Caipira Raiz, minhas boas vindas!



O Grupo Caipira Raiz tem por objetivo resgatar a Música Caipira.



Nesse sentido, o Grupo possui o Projeto Discografias, dentro do Projeto Vinil, que visa a resgatar tudo o que não foi lançado em Cd e que ainda está nos Vinis. Queremos completar a discografia dos Vários artistas. Já conseguimos avançar muitos.



Nesse momento quero agradecer a todos os que participam e nos ajudam a fazer com que o Grupo cresça.



Agradeço especialmente ao Cumpadre João Vilarim, pelo apoio, incentivo e pelo fornecimento de tamanha preciosidade: 3 Lps de Zé do Rancho & Zé do Pinho, ótima dupla, referência para todos os que amam a Música Caipira. Ao total, foram Gravados 6 Lps pela dupla; os outros 3 logo chegarão.



Visitem o site do Cumpadre e conheçam o seu fantástico trabalho de resgate da Música Caipira:



http://www.ponteiocaipira.com.br/



Um Grande Abraço a todos e espero que apreciem!


Zé do Rancho & Zé do Pinho

NA ESCADA DO SUCESSO - 1975
1) No colo da noite - Lindomar Castilho/Ronaldo Adriano
2) Canção de fé - Zé do Rancho
3) Eu não vou dizer adeus - Zé do Rancho/Wagnésio
4) Minha amig,a meu amor - Carmona/Jaime Sandoval
5) Seu benzinho - Zé do Rancho
6) Inesquessível Belmonte - Wagnésio/Jesus Belmiro
7) Meu recanto - Zé do Rancho
8) Acabei chorando - Zé do Rancho/Maria Elizena
9) Saudade dela - Wagner Gomes
10) Meu querido lugarejo - Zé do Rancho
11) Meu Rio Grande - Zé Marreiro/Joãso Batista Silva
12) Negra ilusão - Zé do Pinho/Messias Victor dos Reis
Link:

http://rapidshare.de/files/37155239/Z__do_Rancho___Z__do_Pinho__Vol_1___1975___Na_Escada_do_Sucesso_.rar.html

SENHA: CAIPIRA_RAIZ&PONTEIOCAIPIRA

GANGORRA
1) Gangorra - Goiá Júnior/Zacariaas Mourão
2) Cadê meu grande amor - Rosana Gasparim/Wagner Gomes
3) O adeus de Pelé - Zé do Rancho/Silveira Coelho
4) Não quero seu amor - José Maria
5) Covarde - Ronaldo Adriano/Francisco do Carmo
6) No lugar aonde moro - Zé do Rancho/Ricieri Faccioli
7) Perdi a felicidade - Zé do Rancho/Compadre Delmo
8) Mãe solteira - Ronaldo Adriano/Mourão Filho
9) O segredo da noiva - Praense/Wagnésio
10) Qual é o seu signo - Zé do Rancho/Noely Izidoro
11) Porque será - Praense/Waldemar de Freitas Assunção
12) Razão da minha vida - Zé do Rancho/Joaquim Moreira
Link:


http://rapidshare.de/files/37159032/Z__do_Rancho___Z__do_Pinho__Vol_3___Gangorra_.rar.html

SENHA: CAIPIRA_RAIZ&PONTEIOCAIPIRA

BRASIL COLOSSO - 1980
1) Brasil Colosso - Zé do Rancho/José Russo
2) Canoeiro apaixonado - Serrinha/Zé do Rancho
3) Conselho - Zé do Rancho/Zé Cocão
4) Velho carro - Zé do Rancho
5) Depois que a Rosa mudou - Serrinha
6) Desconsolo - Serrinha/Zé do Rancho
7) De longe também se ama - Serrinha/Zé do Rancho
8) Duas moças - Zé do Rancho/Zé Cocão
9) Saudação aos mineiros - Serrinha/Zé do Rancho
10) Caboclo decidido - Serrinha
11) Azul cor de anil - Arlindo Santana
12) A seca - Serrinha/Campos Negreiro/Ado
Link:

http://rapidshare.de/files/37150204/Z__do_Rancho___Z__do_Pinho__Vol_5___1980___Brasil_Colosso_.rar.html

SENHA: CAIPIRA_RAIZ&PONTEIOCAIPIRA