Este é um blog dedicado exclusivamente para o caipira, sua música, seus causos enfim tudo que tenha a ver com a vida simples do homem do campo. Aqui vc vai encontrar links para sites que tem interesse no resgate e preservação deste estilo.

sexta-feira, março 30, 2007

Grandes Compositores

Boa tarde cumpadres e cumadres, hoje vamos falar sobre o Indio Vago, ele já passou passou por aqui, mas agora com muito mais informação sobre ele graças ao cumpadre Ricardinho e o site Boa Musica Brasileira

Indio Vago:

Elias Costa nasceu em Águas de Santa Bárbara-SP e, com apenas seis anos, já acompanhava seu pai João Avelino da Costa que era Rezador, Violeiro e também Boiadeiro.

Dessa forma, Elias passou praticamente toda a infância e adolescência em contato com boiadas e montarias.

Curiosamente, aos 18 anos, Elias tentou embarcar como voluntário para a Europa, para participar da II guerra mundial, porém, acabou retornando à vida de Boiadeiro.

Elias trabalhou também em circos de tourada e foi nessa época que ele conheceu um gaúcho que declamava poemas e falava sobre os "Índios Vagos" que eram valorosos Guerreiros que defendiam o Território Nacional contra as invasões estrangeiras. Identificando-se com o temperamento deles, foi que Elias Costa acabou adotando o nome artístico pelo qual é conhecido como Compositor.

Ironicamente, no Linguajar Regional do Estado do Rio Grande do Sul, "índio-vago" também vem sendo usado como sinônimo de "gaudério", denominação dada ao antigo Gaúcho, em sentido depreciativo, andarengo, pessoa que viaja muito, que não tem ocupação séria e vive à custa dos outros. Nada a ver com os Guerreiros mencionados acima...

Presenciando a gradativa substituição do tradicional método de condução das Boiadas pelas estradas asfaltadas e pelos caminhões e jamantas, foi que Índio Vago encontrou inspiração para compor sua Obra Prima "Mágoa de Boiadeiro" (Índio Vago - Nonô Basílio). E, para o transporte do gado, tal procedimento continua sendo utilizado até os dias atuais apenas nos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Clique aqui e veja A Longa Viagem dos Peões - excelente reportagem da Revista Época sobre as Boiadas que são conduzidas na Serra da Bodoquena, no Estado do Mato Grosso do Sul).

Sobre a "Mágoa de Boiadeiro" (Índio Vago - Nonô Basílio), quero aqui dar um destaque ao Museu do "Boiadeiro Moacir Fabiano", o qual tive o prazer de visitar, juntamente com minha Esposa, a Netinha, no dia 17/03/2003, na cidade de Botucatu-SP.

Nessa ocasião, "entabulei uma conversa" bastante agradável com o proprietário do Museu que é o Sr. Moacir de Campos (foto à esquerda) que, já tendo sido Boiadeiro, reuniu uma coleção de cerca de 1500 peças que nos fazem "viajar no espaço e no tempo" e gostar ainda mais da Nossa Música Caipira Raiz!

O Museu do Boiadeiro fica na Praça José de Souza Nogueira Nº. 140 - Fone: (14)3813-8245 - no Distrito de Rubião Júnior - no lado esquerdo da Rodovia Marechal Rondon, para quem chega de São Paulo-SP. A própria instalação bem simples do Museu já nos põe em contato com a simplicidade do Boiadeiro! Não há "formalidades" e o próprio dono do Museu é o nosso Cicerone explicando-nos a sua História!

O Sr. Moacir de Campos ("Fabiano" é um apelido carinhoso que ele tinha desde o tempo de Boiadeiro - na verdade era o nome de seu Avô!) nos contou algumas Histórias muito interessantes da Vida dos Tropeiros e também nos deu ótimas explicações sobre cada objeto exposto, além de diversas fotos nas quais ele estava presente com diversos Compositores e Intérpretes famosíssimos de nossa Música Raiz!!

A letra da música "Mágoa de Boiadeiro", que Índio Vago compôs em parceria com Nonô Basílio), passou a possuir para mim um significado ainda mais profundo, depois da visita que fiz ao Museu do Boiadeiro e da conversa com Moacir Fabiano, já que o compositor Índio Vago também foi companheiro do Sr. Moacir como mostra a foto à direita, tirada em 29/10/1956, com Sr. Moacir à esquerda e Índio Vago à direita. O local é a Cachoeira de Emas, junto à barranca do Rio Mogi-Guaçu, a cerca de 9 Km de Pirassununga-SP. Essa foto faz parte do Acervo do Museu do Boiadeiro Moacir Fabiano.

E, de acordo com Moacir, Índio Vago compôs "Mágoa de Boiadeiro" praticamente na sua totalidade, apesar de registrada a parceria com Nonô Basílio. Tal procedimento, apesar de lamentável, é bastante comum quando se deseja registrar um trabalho para garantia de Direitos Autorais... Assim como, da mesma forma, para conseguir que sua música fosse gravada, Atílio Versutti também se viu obrigado a dividir a autoria do seu "Fuscão Preto" com Jeca Mineiro, que na época era diretor da gravadora Continental (hoje Warner Music).

Clique aqui, veja a letra e ouça uma gravação de "Mágoa de Boiadeiro" (Índio Vago - Nonô Basílio) interpretada pela dupla "Ouro e Pinguinho" numa gravação em vinil fora de catálogo.

Clique aqui e veja mais um pouquinho do acervo do Museu do Boiadeiro Moacir Fabiano.

Clique aqui e veja também a visita que Paulo Roberto Moura Castro e Ramiro Vióla fizeram algum tempo depois ao Museu do Boiadeiro Moacir Fabiano, com bastante riqueza de detalhes, destacando inclusive o Carro de Boi.

Foi também o Compositor Índio Vago quem implantou nos regulamentos internacionais dos rodeios a regra do peão segurar as rédeas da montaria com apenas uma das mãos, regra essa que continua válida até os dias atuais.

"No Brasil, tudo morre no silêncio, no túmulo da corrupção." É a queixa de Índio Vago com relação à falta de consideração do ECAD para com os Artistas, de um modo geral.

Apesar da importância da belíssima "Mágoa de Boiadeiro" (Índio Vago - Nonô Basílio) na História da Música Caipira Raiz, Índio Vago é um Compositor "injustamente desconhecido" e esse resumo biográfico só foi possível graças à excelente Revista Viola Caipira, editada pelo Pinho em Belo Horizonte-MG, que incluiu uma biografia do Compositor na seção "Celeiro".

Algumas composições de Índio Vago:

· A Saudade Continua (Índio Vago - Athos Campos)

· Mágoa de Boiadeiro (Índio Vago - Nonô Basílio) Interpretada por Ouro e Pinguinho

· No Vazio da Minha Vida (Índio Vago - Athos Campos)

· O Herói Anônimo do Sertão (Índio Vago)

· Peão de Rodeio (Índio Vago - Adauto Santos)

· Porteira Grande (Índio Vago)

· Saudade (Índio Vago - Athos Campos)

· Sinhazinha (Índio Vago - Athos Campos)

· Sobrado Velho (Índio Vago - Athos Campos)

· Velho Pouso de Boiada (Índio Vago - Dino Franco)

quinta-feira, março 29, 2007

Grandes Compositores

A hora e a vez de Goiá .

Informações colhidas no site Boa Musica Brasileira do Cumpadre Ricardinho

Goiá:

Gerson Coutinho Da Silva (Goiá), filho de Celso Coutinho da Silva e Margarida Rosa de Jesus, nasceu em Coromandel-MG em 11/01/1935 e faleceu em Uberaba-MG em 20/01/1981. Desde pequeno, com apenas 4 anos de idade, já gostava de recitar uns versinhos e gostava de “receber um cachê" que podia ser um doce ou um queijinho...

Até que ganhou do pai uma gaita de boca, que foi sua companheira por vários anos; trocou-a mais tarde por um cavaquinho; e finalmente conseguiu ganhar um Violão de tarrachas, que era o que mais desejava.

Foi para Goiânia-GO em 1953 onde morou por dois anos, e formou o "Trio da Amizade", com programas diários na Rádio Brasil Central. Goiá e os componentes desse trio foram os primeiros do Estado de Goiás a gravar discos na Capital Paulista (foram dois discos 78 RPM na Columbia).

Apesar de gostar muito de Coromandel-MG, sua cidade natal no Triângulo Mineiro, fora da qual não suportava passar mais que dois meses, Goiá tinha um carinho todo especial pelo Estado de Goiás, principalmente por sua capital Goiânia, onde fez grandes amizades.

E em 1955, um novo rumo: a Capital Paulista, para onde partiu com lágrimas nos olhos, mas Goiá estava ciente da importância dessa grande Metrópole para o desenvolvimento de sua carreira artística.

Durante toda essa trajetória, pelas cidades por onde passou, Goiá compunha suas músicas, nas quais chorava a saudade de sua terra, apesar de ter em mente um ideal que, como tal, exigia sacrifícios. Longe de sua Coromandel e sua gente, era esse, sem dúvida, o maior sacrifício para Goiá.

Na Paulicéia Desvairada, fez parte do elenco de diversas emissoras de rádio e suas composições foram gravadas por diversos intérpretes consagrados, entre eles, Pedro Bento e Zé da Estrada, Liu e Léu, Irmãs Galvão, Zilo e Zalo, Caçula e Marinheiro, Tibagi e Miltinho, Primas Miranda, Belmonte e Amaraí, Sergio Reis, Celia e Celma, e muitos outros.

Também é de autoria de Goiá a trilha sonora composta para o filme "A Vingança de Chico Mineiro", embora, ao que conste, ele pouquíssimo recebeu por um trabalho de tão boa qualidade.

E, a partir de 1971, a doença debilitava-o cada vez mais: a diabete e a cirrose hepática em conjunto, levaram-no ao falecimento em Uberaba-MG, no dia 20/01/1981, quando contava apenas 46 anos e 9 dias. Foi sepultado no Cemitério Municipal de Coromandel, sua cidade-natal onde sempre foi muito bem recebido.

Uma consideração interessante sobre seu grande sucesso “Saudade da Minha Terra": corria o mês de Novembro de 1955. Goiá escreveu a música logo que se transferiu de Goiânia-GO para São Paulo-SP. Com saudade de Coromandel-MG, sua terra natal, vagava pelas ruas dessa grande metrópole, recordando seus tempos de infância, as poéticas madrugadas, o cantar da passarada... Alguns anos mais tarde, quando foi gravada pela primeira vez (hoje existem cerca de quarenta regravações) ele ficou surpreso com o sucesso alcançado. Segundo Goiá, “quem “chorava com o rádio ligado" era a sua mãe”!

Clique aqui e veja algumas fotos de Coromandel-MG, cidade natal de Goiá, no site da CompucenterNet.


"...E onde estão meus estimados companheiros?
Se foram tantos Janeiros desde que deixei meus pais...
Adeus Lagoa Poço Verde da Esperança,
Meu Tempinho de criança que não volta nunca mais..."



E abaixo, uma foto da Lagoa "Poço Verde", que Goiá imortalizou em sua música "Recordação (Goiá - Nenete):

Algumas composições de Goiá:

· Adeus Maria (Goiá - Sebastião Victor)

· Alma Triste (Goiá - Chico Vieira)

· Amada Ausente (Goiá - Zacarias Mourão)

· Amarga Saudade (Goiá - Comendador Biguá)

· Amor E Felicidade (Zacarias Mourão - Goiá)

· Aurora Do Mundo (Goiá)

· Canção Do Meu Adeus (Goiá - Zé Claudino)

· Carta de Filho (Goiá - Plínio Alves)

· Chorarei Ao Amanhecer (Goiá - Amir)

· Cidade de Santo André (Goiá - Julião Saturno)

· Copo na Mesa (Zacarias Mourão - Goiá)

· Desilusão (Goiá - Pirajá)

· Dias Mais Tristes Da Vida (Goiá)

· Dois Artistas (Goiá)

· Duelo De Amor (Goiá - Benedito Seviero)

· Entardecer Da Vida (Goiá - José Neto)

· Esquina Do Adeus (Goiá)

· Estrela Dourada (Goiá - Mizael)

· Estrela Guia (Goiá - Sebastião Victor)

· Feitiço Espanhol (Zacarias Mourão - Goiá)

· Flor Do Lodo (Goiá - Biá)

· Gente de Minha Terra (Goiá - Amir - Pereirinha)

· Índia Misteriosa (Goiá - Chico Vieira)

· Índia Soberana (Zacarias Mourão - Goiá)

· Juriti Mineira (Zacarias Mourão - Goiá)

· Lamento (Goiá - Zacarias Mourão)

· Lamento De Uma Saudade (Goiá - Zilo)

· Lição De Caboclo (Goiá - Julião Saturno)

· Mais Uma Noite Vou Dormir Sem Meu Bem (Goiá - Waldemar de Freitas Assunção)

· Mares Da Ilusão (Goiá - Zalo)

· Mensagem De Amor (Goiá - Zalo)

· Meu Natal Sem Mamãe (Goiá - Sebastião Aurélio)

· Nas Curvas Do Seu Corpo Capotei Meu Coração (Goiá - Amir)

· Nossa Mensagem (Goiá)

· O Adeus Do Meu Bem (Goiá - Tomaz)

· O Mártir Do Calvário (Goiá - Bie)

· Outra Noite Sem Meu Bem (Goiá - Waldemar de Freitas Assunção)

· Paraná Querido (Paulinho Gama - Goiá)

· Paraguaia Da Fronteira (Goiá);

· Pecado Loiro (Zacarias Mourão - Goiá)

· Pé de Cedro (Goiá - Zacarias Mourão) Interpretada por Tetê e Alzira Espíndola (5)

· Poço Verde (Goiá - Taubaté)

· Poente da Vida (Goiá - D. Thomaz)

· Recordação (Nenete - Goiá) Interpretada por Celia e Celma (8)

· Sabe Deus (Sebastião Victor - Goiá)

· Saudade Cruel (Goiá - Zalo)

· Saudade da Minha Terra (Goiá - Belmonte)

· Saudade de Goiás (Goiá - Amaraí)

· Sem Ela Não Sei Viver (Goiá - Zilo)

· Sonho De Criança (Goiá)

· Tardes Morenas de Mato Grosso (Goiá - Valderi)

· Travessa da Amizade (Goiá - Sebastião Victor)

· Triste Abandono (Goiá - Zacarias Mourão)

· Uai (Goiá)

· Um Abraço, Um Adeus (Goiá - Amir)

· Visita a Goiás (Goiá - Sidon Barbosa)

· Volta Ao Passado (Goiá - Antônio Marani)

quarta-feira, março 28, 2007

Grandes Compositores

Boa tarde cumpadres e cumadres, desta vez vamos conhecer um pouco da vida de Ely Camargo, informações colhidas no site Boa Musica Brasileira do cumpadre Ricardinho

· Ely Camargo:

"No Brasil, entre esses raros artistas dedicados à tarefa de levar o canto das grandes camadas à gente tão desinformada das cidades, está a cantora Ely Camargo. Desde seu primeiro LP - muito significativamente intitulado "Canções de Minha Terra" - o que Ely Camargo tem feito, e agora confirma neste CD que todos teremos prazer em ouvir, é exatamente isto: fazer cantar por sua voz, tão cheia de emoção, de sonoridade, a voz anônima do povo que, apesar de tudo, canta e traduz no seu canto a alma da própria terra." (comentário de José Ramos Tinhorão no texto do encarte do CD "Cantigas do Povo - Água da Fonte", lançado pelas "Paulinas Comep - Edições Paulinas" - CD 12235-1 de 1999).

A Música Folclórica do Estado de Goiás não poderá jamais ser citada sem incluir o nome de sua maior representante que é a Folclorista Ely Camargo.

Cantora, Pesquisadora de Folclore, Violonista, Professora e Farmacêutica, Ely Camargo é uma das principais intérpretes do riquíssimo Folclore Brasileiro. Nasceu no dia 12/02/1930 na cidade de Goiás-GO (a antiga e histórica capital do Estado, também conhecida como "Goyaz Velho", que também é a cidade natal da Cora Coralina!) e é filha de Joaquim Edison Camargo (1900-1966) que foi Maestro da Orquestra Sinfônica de Goiânia-GO.

Durante a infância cantou em coros de Igreja. Foi integrante em 1960 do Trio Guairá de Goiânia e em 1961 e 1962, apresentou-se na Rádio Brasil Central de Goiânia-GO em programa que era por ela produzido e que também era retransmitido em Brasília pela Rádio e TV Nacional.

Em 1962, passou a morar na Capital Paulista onde assinou seu primeiro contrato com a extinta TV Tupi e, no mesmo ano, gravou o já mencionado LP "Canções da Minha Terra" pela gravadora Chantecler.

Em 1964, gravou o LP "Folclore do Brasil" no qual interpretou Cantos de Trabalho nas Plantações de Arroz, de São João da Boa Vista-SP, e também um Canto de Ferreiro, de Botucatu-SP.

Pesquisando folclore, reuniu enorme e riquíssimo acervo que Ely coletou em viagens pelo Norte e Nordeste.

Além de alguns "compactos", Ely Camargo gravou cerca de 15 LP's, alguns dos quais foram lançados também em países como África do Sul, Alemanha, Itália e Portugal.

Integrou também o Conselho da Secretaria Municipal de Cultura de Goiânia-GO e, na Rádio da Universidade Federal de Goiás, Ely Camargo apresentou os programas "Brasil de Canto a Canto", "Eli Camargo Convida" e "Alma Brasileira".

Em 1978 lançou pela gravadora Chantecler/Alvorada o LP "Minha Terra", o qual foi bastante elogiado por José Ramos Tinhorão no Jornal do Brasil.

Um dos maiores sucessos de Ely Camargo como compositora foi sem dúvida "O Menino e o Circo", que ficou conhecida nas belíssimas vozes de Cascatinha e Inhana, gravação que está presente na 15ª faixa do CD "Meio Século de Música Sertaneja - Volume 02" da BMG (gravação original RCA).

No final dos anos 1990, Ely Camargo passou a trabalhar na Secretária Municipal de Cultura de Goiânia-GO. Seus trabalhos mais recentes são os CD's "Cantigas do Povo - Água da Fonte" (que conta com a participação especial da Banda de Pífanos de Caruaru e de um Coral regido por Sérgio Vasconcellos Corrêa), lançado em 1999 pelas "Edições Paulinas" e "Lembranças de Goyaz", um "disco-tributo" que Ely gravou em 2001 por ocasião do centenário de nascimento de seu pai.

Não podemos nos esquecer, no entanto, dos diversos LPs que Ely Camargo gravou, os quais esperamos que sejam remasterizados e lançados em CD o mais breve possível, dada a importância fundamental da compositora para o Riquíssimo Folclore Brasileiro!

Algumas composições de Ely Camargo:

· Bendito de Santa Luzia (Juazeiro do Norte-CE - temas recolhidos e adaptados por Ely Camargo)

· Cantiga de Mendiga (Palmeira dos Índios-AL - temas recolhidos e adaptados por Ely Camargo)

· Deus Te Salve A Casa Santa (Goiás-GO - temas recolhidos e adaptados por Ely Camargo)

· O Menino e o Circo (Ely Camargo)

· Reizado (Ely Camargo)

· Pastorinhas (Pirenópilis-GO - temas recolhidos e adaptados por Ely Camargo)

· Puxada do Mastro de São Sebastião (Ilhéus-BA - temas recolhidos e adaptados por Ely Camargo)

· Que Noite Tão Bonita (Nova Resende-MG - temas recolhidos e adaptados por Ely Camargo)

· Reizado (Ely Camargo)

· Reizado de Alagoas (Maceió-AL - temas recolhidos e adaptados por Ely Camargo)

· Santos Reis (recolhido e adaptado por Ely Camargo)

· 25 de Dezembro (Goiás-GO - temas recolhidos e adaptados por Ely Camargo)

Para Contato:
(62) 215-5176

terça-feira, março 27, 2007

Grandes Compositores

· Dando continuidade, em passar um pouco da vidas dos grandes compositores da musica raiz, hoje estaremos postando sobre Elpidio dos Santos, esta postagem tambem foi colhida na integra no site Boa Musica Brasileira do Grande Cumpadre Ricardinho.


Elpídio dos Santos:


Elpídio dos Santos nasceu em São Luiz do Paraitinga-SP, em 14/01/1909 e faleceu a 03/09/1970. Filho de Benedito Alves que era maestro da Banda Santa Cecília, na mesma cidade, foi nesse ambiente “saudavelmente contaminado pela música”, que Elpídio dos Santos passou a infância, a adolescência e o início de sua juventude e descobriu o gosto pelas harmonias, ritmos e melodias.

Elpídio trabalhou como apontador de jogo do bicho, funcionário de cartório e bancário. A Arte Musical, porém, já estava incorporada à sua vida. Elegeu o Violão como seu instrumento preferido, apesar de também tocar com destreza outros instrumentos de cordas e também de sopro.

Foi também em São Luiz do Paraitinga que Elpídio conheceu Amácio Mazzaropi, que não era até então conhecido pelo grande público e que viera se apresentar num circo. Depois do primeiro espetáculo, Elpídio dos Santos tocou Violão a noite inteira e, a partir dali, ficaram amigos até a morte. Quando Mazzaropi começou a produzir seus filmes, chamou Elpídio para encarregar-se das trilhas sonoras. Elpídio foi realmente o compositor preferido de Mazzaropi, e era sempre convidado para criar as músicas específicas para cada filme, muitas das quais eram cantadas pelo próprio Mazzaropi.

Casado com Cinira Pereira dos Santos, mudou-se para São Paulo, para onde havia sido transferido pelo banco onde trabalhava. Mesmo trabalhando em período integral, não parou de compor nem de dar aulas de Violão. Em São Paulo, estudou na Escola Paulista de Canto Orfeônico.

Elpídio faleceu em 03/09/1970, deixando mais de mil composições as quais são preservadas e divulgadas pelos seus filhos, que também são responsáveis pelo Grupo Paranga, que vem fazendo um importante trabalho de resgate da produção musical do Vale do Paraíba.

Elpídio teve diversas composições gravadas não só pelo Mazzaropi, mas também por intérpretes consagrados tais como Cascatinha e Inhana, Titulares do Ritmo, Irmãs Galvão, Tonico e Tinoco, Sérgio Reis, Almir Sater e Pena Branca e Xavantinho, dentre outros.

Algumas composições de Elpídio dos Santos:

· Alma Solitária (Elpídio dos Santos)

· A Mulher do Canoeiro (Elpídio dos Santos - Anacleto Rosas Jr.)

· Cai Sereno (Rama Da Mandioquinha) (Conde - Elpídio dos Santos)

· Coração De Mineiro (Elpídio dos Santos - Zé Pagão)

· Despertar Do Sertão - (Elpidío dos Santos - Pádua Muniz)

· Dona Do Salão (Elpídio dos Santos - Conde)

· Dor Da Saudade (Elpídio dos Santos)

· Fogo no Rancho (Elpídio dos Santos – Anacleto Rosas Jr.)

· Ingratidão (Elpídio dos Santos)

· Jeca Magoado (Elpídio dos Santos)

· Lamparina Do Nordeste (Elpídio dos Santos)

· Longe Dos Olhos (Armando Neves - Elpídio dos Santos)

· Menina De Escola (Elpídio dos Santos)

· Meu Burrinho (Elpídio dos Santos)

· O Lingüiceiro (Elpídio dos Santos)

· Rede De Tabôa (Elpídio dos Santos)

· Sopro Do Vento (Elpídio dos Santos)

· Você Vai Gostar (Lá no Pé de Serra) (Elpídio dos Santos)

Programa Jeitão de Caboclo

Bom dia!! Cumpadres e Cumadres, é com imensa alegria que transmito essa mensagem, a musica caipira ganha mais uma trincheira. Então cumpadres e cumadres vamos dar uma força para essa competente violeira a cumadre Juliana Andrade.




Horário:
Quarta - Feira das 12hs às 13hs.
Apresentadora: Juliana Andrade

Descrição: Juliana Andrade divulgará no programa "Jeitão de Cabloco", música sertaneja de raíz, procurando resgatar a Cultura Musical Sertaneja, autêntica de Raiz. Participe, através do Canal Interativo, abaixo da tela de transmissão.

http://www.demaistv.com.br

segunda-feira, março 26, 2007

Grandes Compositores

Bom dia Cumpadres e Cumadres, hoje vamos saber mais sobre este grande compositor, informações coletadas no site Boa Musica Brasileira do cumpadre Ricardinho.

Dino Franco:

Oswaldo Franco nasceu em Paranapanena-SP no dia 08/09/1936. Na infância já ouvia no rádio excelentes Duplas Caipiras, tais como Tonico e Tinoco, e Raul Torres e Florêncio, entre outras. Aos 12 anos trocou o trabalho na enxada pela carreira artística, abandonando em definitivo a lavoura que era seu "ganha-pão" na época.

Na década de 50, trocou o Interior Paulista pela Capital e adotou inicialmente o nome artístico de Pirassununga. Atuou com Tibagi (o mesmo que havia acabado de desfazer a dupla com Zé Marciano e que depois havia feito dupla com Miltinho). Apresentava-se também no programa "Arraial da Curva Torta" (produzido e apresentado por Ariowaldo Pires, o Capitão Furtado).

Em São Paulo, na década de 60, cantou com diversos parceiros usando também nomes artísticos diversos. Em 1960, por exemplo, adotou o nome artístico de Junqueira quando cantou em dupla com Juquinha. Foram 15 parceiros com os quais Dino Franco cantou em dupla nessa década, entre os quais Biá, Belmonte e Piratininga. Em 1968 adotou em definitivo o nome artístico de Dino Franco.

Em 1972, Dino Franco firmou contrato com a gravadora Chantecler como produtor e diretor da Linha Sertaneja. Em seguida, formou a dupla com Biá. "Biá e Dino Franco", foi uma dupla de sucesso, sendo que Biá (ou Sabiá - Sebastião Alves de Cunha nascido em Coromandel-MG em 1927) foi o mesmo que também fez dupla com Palmeira.

E em 1979 Dino Franco formou dupla com Mouraí (Luiz Carlos Ribeiro que nasceu em Ibirarema-SP no dia 19/07/1946 e faleceu em Catanduva-SP no dia 16/10/2005). "Dino Franco e Mouraí" foram pioneiros na regravação de antigos sucessos da Música Sertaneja, tais como "Sertaneja" e "A Volta do Caboclo".

Em seu trabalho sempre procuraram cultivar a Música Caipira Raíz e se destacaram também com temas de inspiração ecológica, como por exemplo "Manto Estrelado" (Dino Franco - Tenente Wanderley). Na foto ao lado, Dino Franco, à direita, de camisa vermelha, cantando juntamente com Mouraí, ao centro, de camisa branca, no programa Viola Minha Viola em Araras-SP, que foi ao ar no dia 25/06/2003.

Dino Franco também produziu e apresentou algumas peças teatrais juntamente com Liu e Léu, Abel e Caim e Zico e Zeca. Dino Franco tem merecido destaque como excelente compositor, especialmente na Moda de Viola, com inúmeras composições que têm sido gravadas pelas mais renomadas Duplas Caipira Raiz.

Clique aqui e veja a nota de 20/01/2006 no Site Oficial da Prefeitura Municipal de Rancharia-SP a qual documenta o evento no qual Dino Franco recebeu das mãos do Presidente da Câmara Pedro Ávila o Título de Cidadão Ranchariense, no dia 06/01/2006!

Algumas composições de Dino Franco:
• A Cachaça E O Fumo (Dino Franco - Nhô Chico)
• A Inflação E O Salário (Chrysóstomo - Dino Franco)
• Amargurado (Dino Franco - Tião Carreiro)
• A Moda Do Cachaceiro (Dino Franco - Nhô Chico)
• Amor e Saudade (Dino Franco - José Milton Faleiros)
• Amores Perdidos (Dino Franco - Tião Carreiro)
• A Sementinha (Dino Franco - Itapuã)
• As Três Namoradas (Dino Franco - José Fortuna)
• Berço De Deus (José Rico - Dino Franco)
• Boiadeiro Da Saudade (Sebastião Ferraz - Dino Franco)
• Brasil 85 (Dino Franco - Tenente Wanderley)
• Caboclo Centenário (Dino Franco - Nhô Chico)
• Caboclo De Sorte (Dino Franco - Tião Carreiro)
• Caboclo Na Cidade (Dino Franco - Nhô Chico)
• Caçada De Onça (David Vieira - Dino Franco)
• Canta Canta Pantaneira (Mário Zan - Dino Franco)
• Capricho Do Destino (Dino Franco)
• Céu de Mato Grosso (Dino Franco - Orlando Ribeiro)
• Cheiro de Relva (Dino Franco - José Fortuna)
• Cusco Do Pago (Dino Franco)
• Derradeira Morada (Dino Franco)
• Desesperado (Dino Franco - Tião Carreiro)
• Exemplo de Humildade (Dino Franco - Tião Carreiro)
• Festa Pantaneira (Mário Zan - Dino Franco)
• Festa Paraguaia (Mário Zan - Dino Franco)
• Filho De Ninguém (José Rico - Dino Franco)
• Flor Do Campo (Dino Franco)
• Flor Predileta (Dino Franco - Tertuliano Amarilla)
• Foi Demais o que Fizeste Comigo (Dino Franco - Tertuliano Amarilha)
• Fonte Dos Namorados (Dino Franco)
• Fundão De Serra (Dino Franco - Cláudio Rodante)
• Grã Fino Na Roça (Dino Franco - Nhô Chico)
• Herói Do Brasil (Dino Franco - Oswaldo de Andrade)
• Homem Descrente (Dino Franco - Aparecida Mello)
• Ideal do Caboclo (Dino Franco - Ari Guardião)
• Inconfidência Mineira (Dino Franco - Oswaldo de Andrade)
• Ingrata (Dino Franco)
• Juramento (Dino Franco)
• Mágoa (Dino Franco - Zeca)
• Manhã Do Nosso Adeus (Zé do Rancho - Dino Franco)
• Manto Estrelado (Dino Franco - Tenente Wanderley)
• Mestiça Arisca De Laço (Dr. Alves Lima - Dino Franco)
• Meu Erro (Dino Franco - Mococa)
• Meu Passado (Dino Franco)
• Meu Pequeno Itajobi (Dino Franco)
• Meu Ranchinho (Sebastião Victor - Dino Franco)
• Milagrosa Nossa Senhora (Tonico - Tinoco - Dino Franco)
• Minha Infância (Dino Franco)
• Minha Mensagem (Dino Franco - Nhô Chico)
• Minha Vida, Minha Cruz (Dino Franco - Tião Carreiro)
• Namoro Proibido (Dino Franco - Zezito)
• Natal De Esperança (Dino Franco)
• Natureza (Dino Franco)
• Noites De Angústia (Dino Franco - Tião Carreiro)
• Nossa Raiz (Dino Franco - Mouraí)
• O Jeitinho Da Chica (Dino Franco)
• Paineira Velha (Dino Franco - Juquinha)
• Passos Na Calçada (Dino Franco)
• Pescador de Ivaí (Dino Franco - Adolfinho)
• Pombinha Mensageira (Belmonte - Dino Franco)
• Por Que Me Deixaste (Dino Franco - Liu)
• Pousada De Boiadeiro (Dino Franco - Tião Carreiro)
• Primeira Ilusão (Dino Franco)
• Punhal Da Falsidade (Dino Franco - Tião Carreiro)
• Quando A Saudade Machuca (Dino Franco)
• Regresso (Dino Franco)
• Rei Da Capa (Dino Franco)
• Retrato Do Boi Soberano (Dino Franco)
• Travessia Do Araguaia (Dino Franco - Dicró dos Santos)
• Trova Campeira (Jorge Neves - Cândido - Dino Franco)
• Um Pouco De Minha Vida (Dino Franco)