
Hoje é Sexta Feira, a cerveja ja esta no ponto, a viola está afinada, a churrasqueira já está sendo acesa...
CHURRASCO DE COSTELA
Aprendi a assar costela! E à moda gaúcha. Isso mesmo, churrasco de costela!
A costela de boi assada desta maneira, é cultura nossa e inclusive já faz sucesso no exterior. É nossa cultura-raiz sendo reconhecida.
O churrasco de costela não é muito difícil de fazer. Implica na escolha do pedaço de costela bovina de boa qualidade, um pouco de sal grosso para churrasco e cebola. Uma grelha dessas usada para assar peixe é recomendada, para poder virar o pedaço da costela. Na falta dessa grelha, um pouco de habilidade no espeto ou na grelha comum vai resolver.
Um pedaço de costela bovina de 2 kg
sal grosso
cebola
papel alumínio ou uma tampa que cubra todo o pedaço de costela.
A cebola, vamos misturar com a medida de sal grosso. Por isso, ela deve estar bem picada, melhor ainda de passada no processador, para formar um suco que vai umedecer o sal.
Depois dessa mistura pronta, passá-la nos dois lados do pedaço. Em seguida, sobre o lado da carne, despejar uma dose de uísque, o segredo do gostinho especial. Vou experimentar trocar a dose de uísque (bebida de gringo) por uma de cachaça (bebida nossa) para ver o que acontece e ficar mais autêntico.
O FOGO
Despejar o carvão nos lados esquerdo e direito do fundo da churrasqueira. Acender. Deixar assim, com o fogo dos lados. Limpe o centro. Somente com a prática saberemos a temperatura ideal para cada churrasqueira. O carvão não deve ser muita cinza nem muita brasa. Teremos que aprender em nossa própria churrasqueira.
Está na hora de colocar a carne na grelha. Deixar assar primeiramente o lado da carne durante 15 min. Virar para o lado das ripas e deixar mais meia hora.
Depois disso, virar a cada 15 min. É um trabalho paciencioso, porque a costela demora de 6 a 7 horas para ficar no ponto e o fogo tem que ser controlado durante esse tempo.
Também é durante o assar que surge a função da tampa ou da folha de alumínio: é para cobrir a peça (não é para embrulhar), de modo que não caia cinza que será gerada pela brasa de carvão. Acontece que a costela tem um assar demorado, em fogo controlado que gera cinza, e se essa cinza cair sobre o assado...
A tampa é mais prática do que a folha, porque sa função é cobrir a peça e como temos que virá-la de 15 em 15 minutos, a folha de alumínio pode se tornar um estorvo.
Depois de assada, medimos com uma ponteira de aço a maciez da carne. Se estiver no ponto, separar a carne do osso sobre uma chapa que permanecerá aquecida.
A costela poderá ser servida acompanhada do que imaginar de caipira: arroz, farofa, cachaça, caipirinha, cerveja. Tomar cuidado com excessos. Porque a costela é nossa cultura, assim como o churrasco e a cachaça. Mas exceder é burrice.
Experimente essa receita genuinamente brasileira. E não esqueça de convidar os violeiros. E que os violeiros tragam as violas!
texto de Luiz Viola
Esta matéria foi coletada no site O Violeiro do nosso compadre Luiz Viola
