Este é um blog dedicado exclusivamente para o caipira, sua música, seus causos enfim tudo que tenha a ver com a vida simples do homem do campo. Aqui vc vai encontrar links para sites que tem interesse no resgate e preservação deste estilo.

quinta-feira, março 15, 2007

Grandes Compositores

Taí mais um dos grandes compositores, lembrando que esses dados foram coletados no site Boa Musica Brasileira do grande cumpadre Ricardinho.

Capitão Barduíno:

Pedro Anestori Marigliani, o Capitão Barduíno nasceu em Socorro-SP no dia 13/11/1904 e faleceu em São Paulo-SP no dia 01/08/1967. Filho de italianos, como se pode observar no sobrenome, desde criança sonhava trabalhar em rádio.

Em 1937, foi levado pelo Ariowaldo Pires, o Capitão Furtado, à Odeon, onde estreou como compositor, quando “Nhá Zefa e Juca Matias” lançaram sua Moda de Viola “Casá?!... Só Ansim” (Capitão Barduíno - Nhá Zefa (Maria de Léo)).

Foi em 1939, na Rádio Bandeirantes, de São Paulo-SP, quando foi contratado por Otávio Gabus Mendes, diretor artístico da emissora, que Pedro Anestori Marigliani acabou recebendo o apelido pelo qual ficou conhecido em toda a sua carreira artística.

Capitão Barduíno também comandou o programa ”Brasil Caboclo” na Rádio Bandeirantes, que era na época o programa de maior audiência no Brasil. A mesma emissora também apresentava o programa “Na Serra da Mantiqueira”, que era comandado pelo Comendador Biguá, outro grande sucesso do Rádio.

Um fato curioso é que na mesma época, as meninas iniciantes Mary Zuil Galvão (Ourinhos-SP 04/05/1940) e Marilene Galvão (Palmital-SP 27/04/1942), as Irmãs Galvão, desde 1954 se apresentavam nessa emissora (inicialmente no programa “Na Serra da Mantiqueira” e posteriormente no “Brasil Caboclo”) e seus nomes já eram pronunciados com admiração pelos profissionais e ouvintes.

E, ouvindo o programa “Brasil Caboclo”, comandado pelo Capitão Barduíno, foi que Diogo Mullero, também conhecido como Palmeira, que era na época diretor artístico da RCA, “previu o futuro" da dupla feminina e convidou Mary e Marilene para gravar seu primeiro disco, o que aconteceu no Rio de Janeiro em 1957.

Capitão Barduíno dedicou-se esporadicamente à composição; merece destaque a belíssima mensagem na letra de “A Enxada e a Caneta” (Capitão Barduíno - Teddy Vieira), lançada por Zico e Zeca na gravadora Columbia, e gravada também por outros renomados intérpretes, tais como Nestor da Viola e também Lourenço e Lourival.

Como redator e apresentador de programas de rádio, destacou-se também com o programa “A Câmara dos Despeitados”, sátira política que fez também bastante sucesso na época.

E, em sua homenagem, a SP-08, Estrada que liga os municípios de Bragança Paulista-SP e Socorro-SP, recebeu o nome de Rodovia Capitão Barduíno.

Ao contrário dos demais compositores e poetas homenageados nessa página, há pouquíssima informação disponível sobre o Capitão Barduíno e seus dados biográficos foram encontrados somente no Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira e na Enciclopédia Musical Brasileira.

Algumas composições de Capitão Barduíno:
• Abre a Janela (Capitão Barduíno - Piraci)
• A Enxada e a Caneta (Capitão Barduíno - Teddy Vieira)
• A Vingança do Soldado (Capitão Barduíno - Chiquinho)
• Caboclo (Capitão Barduíno - Anacleto Rosas Jr.)
• Carmen Miranda (Palmeira - Capitão Barduíno)
• Casá?!... Só Ansim (Capitão Barduíno - Nhá Zefa)
• La Gilota (Capitão Barduíno)

quarta-feira, março 14, 2007

Grandes Compositores

*A hora e a vez do grande Caetano Erba

Caetano Erba:

José Caetano Erba nasceu no dia 11/09/1937 em Pederneiras, SP. Juntamente com seus pais, trabalhou nas lavouras de café até os 18 anos.

Desde os 11 anos já escrevia seus primeiros versos, influenciado que foi pela convivência com as freqüentes festas da roça, catiras e bailes de terreiros onde ouvia a música de violeiros, sanfoneiros e cantadores da região e adjacências que por lá se apresentavam. Em 1958, formou-se em Contabilidade e dois anos depois foi trabalhar no extinto “Banco de São Paulo S.A”, ocasião na qual se mudou para a Paulicéia Desvairada, onde ocupou o cargo de bancário até 1976.

Em São Paulo, conheceu João Salvador Perez, o Tonico, através de Craveiro e Cravinho, que foi, inclusive a dupla que gravou em 1968 a primeira composição de Caetano Erba, "Pai da Aviação".

Participou também de diversos festivais sertanejos, tendo obtido o segundo lugar nos de Santa Izabel e também no da inauguração do Parque Ecológico, em São Paulo-SP. Tirou o primeiro lugar nos concursos de Garça-SP e Jacareí-SP. Em 1972, recebeu o título de "Cidadão Pederneirense". Participou de diversos programas de rádio na Capital Paulista e também foi jurado em diversos festivais, em cidades como Santo André-SP, Jacareí-SP e Guarulhos-SP.

Também foi José Caetano Erba que escreveu o prefácio do livro "Da Beira da Tuia ao Teatro Municipal", escrito por Tonico e Tinoco.

Diversos intérpretes gravaram e continuam gravando suas composições, entre os quais, Craveiro e Cravinho, Tonico e Tinoco, Liu e Léu, Vieira e Vieirinha, Cacique e Pajé, Mococa e Paraíso, Pena Branca e Xavantinho, Tião do Carro e Jackson Antunes”, apenas para citar alguns.

José Caetano Erba esteve presente no Programa “Viola Minha Viola” que foi ao ar no dia 28/05/2003 na TV Cultura de São Paulo, apresentado pela Inezita Barroso, programa no qual estiveram presentes, entre outros, interpretando suas composições, Pena Branca com o conjunto "Viola de Nóis" (que na época ainda se chamava "Mano Véio"), "César e Paulinho" e também a dupla “ Tião do Carro e Odilon”. Pena Branca interpretou inclusive a belíssima composição "Procissão de Gado" (Caetano Erba - Xavantinho - Tião do Carro). E, segundo, Inezita, José Caetano Erba é um "Poeta Paulista que as antologias ainda não registram por pura ingratidão"...

Algumas composições de Caetano Erba:


A Formiguinha (Tião do Carro - José Caetano Erba)
A Mudança (Tião do Carro - José Caetano Erba)
A Volta do Filho (Tião do Carro - Caetano Erba)
Berço de Espinhos (José Caetano Erba - Tião do Carro)
Bolha de Sabão (Tião do Carro - José Caetano Erba)
Cabritinha de Ouro (Caetano Erba - Da Costa - Cacique)
Cadeira de Balanço (Caetano Erba - Paraíso)
Campo de Batalha (Caetano Erba - Cacique)
Capiau (Caetano Erba - Tião do Carro) Interpretada por Júlio César e Santiago (2)
Caquinho de Saudade (Tião do Carro - José Caetano Erba)
Casa de Infância (Caetano Erba - Luciano - Cacique)
Cobra Enrolada (Caetano Erba - Cacique)
Cortina Dourada (Tião do Carro - José Caetano Erba)
Dois Astros (Tião do Carro - José Caetano Erba)
Dr. Coração (Tião do Carro - José Caetano Erba)
Dr. da Agricultura (Tonico - Tinoco - José Caetano Erba)
Duelo Sem Espada (Tião do Carro - José Caetano Erba)
Fazenda do Braga (Caetano Erba - Cacique - Russo)
Francisco de Assis (Tião do Carro - Caetano Erba)
Garganta do Mundo (Tião do Carro - Caetano Erba)
Graça Divina (José Caetano Erba - Rodrigo Mattos - Barbosa)
Guerra De Trinta Segundos (Vicente P. Machado - José Caetano Erba)
Hino Sertanejo (Tonico - José Caetano Erba)
Joãozinho Da Favela (Tião do Carro - José Caetano Erba)
Lembrança da Roça (José Caetano Erba - João Pinheiro)
Lembrança do Carreiro (José Caetano Erba - Ramiro Vióla)
Lembranças do Meu Pai (José Caetano Erba - Mazinho Quevedo)
Mãe De Carvão (Tião do Carro - Caetano Erba)
Mala Amarela (José Caetano Erba - Paraíso)
Mala de Ouro (Tião do Carro - José Caetano Erba)
Meu Cachorro Fiel (Tonico - Tinoco - Caetano Erba)
Meu Pai (Tião do Carro - Caetano Erba)
Meu Retrato (Tião do Carro - Caetano Erba)
Moça Canavieira (Tião do Carro - José Caetano Erba)
Natal no Sertão (Tonico - Caetano Erba)
Ninho de Andorinha (José Caetano Erba - Tião do Carro)
Nóis É Do Mato Mais Nóis Conhece (Cézar - José Caetano Erba)
O Cachorro e o Andarilho (Tião do Carro - José Caetano Erba)
O Escravo (Caetano Erba - Paraíso)
O Homem de Sorte (Caetano Erba - José Luís - Cacique)
O Repórter Andarilho (Tião do Carro - José Caetano Erba)
Patrono do Infinito (Tião do Carro - José Caetano Erba)
Peões Veteranos (José Caetano Erba - Cacique)
Primeiro Brinquedo (Tião do Carro - José Caetano Erba)
Procissão de Gado (Caetano Erba - Xavantinho - Tião do Carro)
Professor Galdino Chagas (José Caetano Erba - Cacique)
Puro Caboclo (Tião do Carro - José Caetano Erba)
Recado de Carreiro (Tião do Carro - José Caetano Erba)
Saco de Ouro (Paraíso - Caetano Erba)
Sala dos Milagres (José Caetano Erba - Rodrigo Mattos - Gina)
Sem Terra E Sem Caminho (Tião do Carro - José Caetano Erba)
Trilhas da Vida (José Caetano Erba - João Pinheiro)
34 Anos (Tonico - Tinoco - José Caetano Erba)
33 Anos (Tonico - José Caetano Erba)
Um Peso, Duas Medidas (Tião do Carro - José Caetano Erba)
Vaca Maiada (José Caetano Erba - Cacique - Nil)
Velhos Retratos (José Caetano Erba - Rodrigo Mattos)

*Informações colhidas no site Boa Musica Brasileira do nosso cumpadre Ricardinho.

terça-feira, março 13, 2007

Grandes Compositores

Bom dia Cumpadres e Cumadres, dando continuidade, segue as informações que foram colhidas no site Boa Musica Brasileira do nosso Cumpadre Ricardinho e postadas na integra.

Biá:

Sebastião Alves da Cunha, o Sabiá e, posteriormente, o Biá, nasceu em Coromandel-MG em 1927 e faleceu em São Paulo-SP no dia 02/09/2006.

Após algum tempo trabalhando como garimpeiro, Sebastião iniciou a carreira artística em Araguari-MG no ano de 1947, formando o trio "Sabiá-Canarinho-Albertinho", juntamente com seu irmão Elias e o acordeonista paulista Alberto Calçada (Alberto de Souza Calçada nasceu em São Paulo-SP no dia 06/08/1929 e faleceu também na Capital Paulista no dia 29/07/1983 - celebrizou-se por excelentes interpretações de diversas Valsas de Zequinha de Abreu, tais como "Branca", "Aurora", "Tardes em Lindóia", "Último Beijo" e "Rosa Desfolhada").

Seu irmão Elias mais tarde integrou o "Trio Gaúcho", com o nome artístico Gauchito.

O Trio "Sabiá-Canarinho-Albertinho" atuou na Rádio Araguari até 1950, ano em que os três músicos seguiram para a Capital Paulista e passaram a se apresentar em diversos programas, tais como "Hora dos Municípios" (de Blota Junior na Rádio Record) e "Arraial da Curva Torta" (do Capitão Furtado na Rádio Difusora). No mesmo ano, Sebastião resolveu encurtar o nome artístico (Sabiá) para Biá.

O trio porém acabou por se desfazer e Biá formou então uma dupla com o Mariano (Mariano da Silva que já integrou a inesquecível Turma de Cornélio Pires juntamente com seu irmão, o Caçula - Mariano e Caçula também foram respectivamente pai e tio do acordeonista Caçulinha – conhecidíssimo na Rede Globo). "Biá e Mariano" gravaram, na ocasião, "Onde Foi Você" (Bolinha) e "Pelejo Prá Te Deixar" (Biá - Gauchinho), na gravadora Continental (hoje Warner Music).

A dupla com Mariano foi desfeita e Biá formou então, em 1952, outra dupla, dessa vez com Diogo Mulero, o Palmeira: a famosíssima dupla "Palmeira e Biá", que fez sucesso durante oito anos.

Palmeira e Biá foram contratados pela Rádio Piratininga para o programa que ia ao ar todas as Terças-Feiras às 21:00. E a dupla era também acompanhada pelo já mencionado acordeonista Alberto Calçada. No primeiro ano de existência, a dupla chegou a gravar 10 discos 78 RPM, ou seja, quase um por mês!

Dentre os diversos sucessos da dupla "Palmeira e Biá", merecem destaque "Garimpeiro do Brasil" (Biá), "A Voz Dos Sinos" (J. M. Alves), "Baião Da Serra Grande" (Palmeira - Fred Williams), "O Milagre De Tambaú" (Palmeira - Teddy Vieira), "Couro De Boi" (Palmeira - Teddy Vieira), "Disco Voador" (Palmeira), além do famosíssimo bolero caipira "Boneca Cobiçada" (Biá - Bolinha), que foi gravado em 1956.

Inusitado, para a época, incluindo novas temáticas, arranjos e instrumentação, esse bolero caipira que Biá compôs em parceria com Euclides Pereira Rangel (o Bolinha), permaneceu por mais de 10 semanas nas paradas de sucesso, tendo vendido mais de 500 mil cópias, ocasião na qual Palmeira foi nomeado Diretor Artístico dos discos sertanejos da RCA (hoje BMG).

Esse bolero tornou-se um clássico não só na Música Sertaneja, mas também na MPB de um modo geral, já que também foi gravado por diversos artistas renomados, do quilate de Carlos Galhardo, além de ter dado origem a um filme homônimo.

Eis abaixo a letra de ""Boneca Cobiçada" (Biá - Bolinha):


Quando eu te conheci,
Do amor desiludida
Fiz tudo e consegui
Dar vida à tua vida.

Dois meses de aventura,
O nosso amor viveu
Dois meses com ternura,
Beijei os lábios teus.

Porém eu já sabia
Que perto estava o fim
Pois tu não conseguias
Viver só pra mim.

Eu poderei morrer,
Mas os meus versos, não.
Minha voz hás de ouvir,
Ferindo o coração!

Boneca cobiçada,
Das noites de sereno
Teu corpo não tem dono,
Teus lábios tem veneno...

Se queres que eu sofra,
É grande o teu engano
Pois olha nos meus olhos,
Vê que não estou chorando!


E "Boneca Cobiçada" ganhou também em 1957 uma versão satírica gravada pelo famoso humorista Zé Fidélis (Gino Cortopassi, nascido em São Paulo-SP em 23/09/1910 e falecido em 1985 também em São Paulo-SP), intitulada "Boneca Cabeçuda", também em ritmo de bolero.

Consta também que Biá chegou a formar com seu conterrâneo a dupla "Biá e Goiá" na década de 1950, na Capital Paulista. Na ocasião, o compositor Goiá, (nascido também em Coromandel-MG) já havia deixado o Trio "Goiá, Goiazinho e Zé Micuim" e também já havia trocado Goiania-GO pela Paulicéia Desvairada.

E, em 1961, Sebastião passou a cantar em dupla com seu outro irmão, o Sílvio: a dupla "Biá e Biazinho" gravou o LP "Relíquias Sertanejas". No ano seguinte, Biá gravou na Chantecler (hoje Warner Music) um LP no qual fez uma "dupla com ele mesmo": "Um Cantor Em Duas Vozes", tendo usado o nome de Sid Biá.

Mais tarde, juntamente com Dorinho (o mesmo da famosa dupla com Nenete), Biá formou a dupla "Dorinho e Biá" a qual gravou três LP's, entre 1966 e 1968.

Biá também atuou na Rádio Nacional de São Paulo-SP, com o conjunto "Biá e Seus Batutas" (formado por Biá, Sirley e Gonzales), ocasião na qual gravou também o LP "Os Grandes Sucessos de Palmeira e Biá", na gravadora Cantagalo, onde Biá trabalhou também como Diretor Artístico. Esse conjunto voltou a se reunir em 1982, a convite do Selo Rodeio da gravadora Warner Music, para a gravação de mais um LP.

E foi em 1972 que Biá formou com Dino Franco a famosa dupla "Biá e Dino Franco", dupla que gravou diversos LP's destacando-se, dentre outras, músicas como "Cruz do Meu Rosário" (Biá - Sílvio Cunha), "Encontro de Poetas" (João Pacífico), "Travessia do Araguaia" (Dino Franco - Dicró dos Santos), "Que Será De Nós" (Dino Franco - Nhô Cido) e "Pescador Do Luaí" (Dino Franco - Adolfinho), composição que também foi utilizada como fundo musical em um documentário da B.B.C. de Londres! A dupla durou até o ano de 1979 quando Dino Franco resolveu encerrar a carreira artística, ainda que de forma temporária.

De acordo com Ayrton Mugnaini Jr. na página 56 de seu livro "Enciclopédia das Músicas Sertanejas", "Biá poderia disputar com Raul Torres uma menção no Guinness como o cantor sertanejo que cantou em maior número de duplas".

Biá foi ainda Produtor Sertanejo da Rádio Tupi de São Paulo-SP (a qual fechou suas portas em 1980, juntamente com a inesquecível primeira emissora brasileira de televisão); e, na Rádio Imprensa FM, também de São Paulo-SP, Biá apresentou, de 1984 a 1986, um programa que foi, por sinal, o primeiro programa sertanejo numa emissora FM em todo o Brasil.

Um acidente doméstico no entanto fez com que Biá interrompesse em definitivo sua carreira artística, no ano de 1987. E diabete crônica transportou Biá para o "Andar de Cima", no dia 02/09/2006, na Capital Paulista.

Algumas composições de Biá:


ABC Do Coração (Palmeira - Biá)
A Andorinha (Biá - João Borges)
Amigo Heleu (Biá - J. M. Alves)
A Volta Da Morena (Palmeira - Biá)
Boneca Cobiçada (Biá - Bolinha)
Calúnia (Palmeira - Biá)
Céu De Goiás (Palmeira - Biá)
Coração Sabe O Que Faz (Biá - Bolinha)
Cruz Do Meu Rosário (Biá - Sílvio Cunha)
Dois Corações (Palmeira - Biá)
Flor Do Lodo (Biá - Goiá)
Garimpeiro do Brasil (Biá)
Pelejo Prá Te Deixar (Biá - Gauchinho)
Resposta Do Couro De Boi (Palmeira - Biá)
Se Ela Voltasse (Biá - Bolinha)