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terça-feira, fevereiro 06, 2007

Poesia

Este poema foi enviado pela cumadre Fabiola no informativo quinzenal O Matuto, e eu tomei a liberdade de posta-lo aqui.

Valeu Cumadre Fabíola, Parabéns Cumpadre Pinho da Revista Caipira


MEU BENZINHO

Meu benzinho, me confesse se vancê já encontrô quem tanto bem lhe fizesse, quem tanto lhe desse amô?

Me diga, então, meu benzinho, se é amô correspondido me arresponda por favô, num me dêxa ansim sofrido!

Quem de saudade padece, sofre distante com a dô, a dô de não tê do lado quem tanto se afeiçoô!

Quem ama a gente num esquece, mora apertado no peito então, meu bem me esclarece, num me dêxa desse jeito!

Meu bem, cabocla facêra, minha rosa preferida por vancê perco o que tenho, inté mêmo a própria vida.

Por vancê tenho penado des´que nóis se conheceu trago no peito guardado o beijo que ocê me deu!

Todo passarinho canta quando vai rompeno a aurora só a pobre mãe-da-lua quando canta, logo chora

De tristeza e de saudade pela madrugada afora, ansim faço eu tamém, quando vancê vai-se embora!

(Pinho- Revista Viola Caipira)

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