segunda-feira, outubro 30, 2006
Tião Carreiro e Pardinho
TIÃO CARREIRO E PARDINHO
Tião Carreiro- nasceu em Monte Belo-MG, aos cinco anos , veio para Araçatuba ,foi criado numa fazenda paulista . Tocava em circos na região de Araçatuba , tocava violão , decorou a afinação da viola num show de Tônico e Tinoco passando as mãos nas cordas no camarim , admirava Florêncio o violeiro de Barretos de quem ganhou a famosa viola vermelha. Esta enterrado em São Paulo .Para ele ninguém tocava melhor que os violeiros de Barretos. Em 1955 mudou-se de Araçatuba para Val Paraíso . Em Pirajuí num circo conheceu Pardinho –nascido em São Paulo em 1932 , com que formou a dupla Tião Carreiro e Pardinho. Começaram a vida no circo Rapa Rapa , como ele mesmo dizia no circo “Nos éramos violeiros , cantores e amarra cachorro” , depois de seis meses vieram para São Paulo , até então Tião era Zé Mineiro , porém sua primeira gravação foi com Carreirinho substituindo o consagrado Zé Carreiro que estava doente , herdou o nome Carreiro e gravou 78RPMs dos quais a Continental selecionou 14 músicas para o Lp Meu Carro é Minha Vida lançado em 1962 , a dupla logo se desfez . Aí Tião carreiro e Pardinho gravaram seu primeiro sucesso “Cavaleiros do Bom Jesus” e “ Boiadeiro Punho de Aço”ambas de Teddy Vieira . O sucesso veio com “ Alma de Boêmio” cantando tangos e canções rancheiras . Em 1961 lançou o Rei do Gado de Teddy Vieira e seguiram com grandes sucessos.Em 1965 com a morte de Teddy Vieira , na gravação do programa Canta Viola de Geraldo Meireles na Cultura de São Paulo , Tião interrompeu com lágrima nos olhos , prestando desta forma sua homenagem ao compositor de Itapetininga , que o lançou em disco.
Em 1966 lança o Lp Pagode na Praça , consagrou pagode de viola e a criação de Carreiro , Teddy Vieira , Moacir e Lourival dos Santos , compositores paulistas que muito contribuíram para o sucesso de Tião Carreiro.
O Rio de Piracicaba ou Rio de Lágrimas de Piraci , Lourival , Tião Carreiro foi a consagração definitiva da dupla.Tião casara com Nair em Araçatuba em 1954 .
Em 1979 Tião Carreiro lança um Cd de solo de viola caipira.
JOSÉ DIAS NUNES, ou TIÃO CARREIRO, nasceu em 13 de Dezembro de 1934 e faleceu em 15 de Outubro de 1993. Era um compositor invejável, e na viola era primeiro sem segundo. Não seria exagero chamar o Rei do Pagode também de o Rei da Viola ou o Rei dos Violeiros, já que foi ele quem deu à viola e à moda de viola status e sua devida importância. Ele estava para a Viola assim como Pelé está para a bola. Que o diga Almir Sater, um de seus mais fiéis pupilos. Conta-se que depois de ouvir Tião tocar, Almir por pouco não desistiu da carreira de violeiro. A viola nas mãos mágicas de Tião Carreiro parecia ganhar vida própria, pois tão bem se entendiam. Fez escola! Cantou sob os pseudônimos de Zezinho, Palmeirinha, Lenço Preto e Zé Mineiro. Fez dupla com Lenço Verde, Lenço Branco e Zé Mineiro. Lenço Verde e Coqueirinho eram a mesma pessoa, Waldomiro, um primo de Tião. Nos anos 50, conheceu Diogo Mulero, o Palmeira , que o apresentou a Teddy Vieira, e este lhe deu a oportunidade de gravar o seu 1º disco , e o batizou de Tião Carreiro. Depois de gravar com Carrerinho; fez dupla com Pardinho (que foi o parceiro que mais o completou); Paraíso e por final Praiano.
ANTÔNIO HENRIQUE DE LIMA, ou PARDINHO,nasceu em São Carlos , em 14 de agosto de 1.932. Mestre no Violão, sua destreza nos solos podem ser ouvidas em seus discos gravados. Dono de um compasso incomparável, soube como ninguém dar a base perfeita para os solos de viola de Tião. Em todas as duplas que formou, fez sempre a primeira voz. Após o rompimento da parceria com Tião, fez dupla com Pardal e depois com João Mulato.
Tião Carreiro e Pardinho, merecidamente cominados "Os Reis do Pagode", são inegavelmente os maiorais desse gênero musical paulista, criado por Teddy Vieira (1922/ 1965) e Lourival dos Santos, em agosto de 1960. Em 1.954 se conheceram, e, em 1.956 gravaram o 1º de uma série de 15 discos de 78 Rpm .A partir daí, nasceu a dupla de maior fenômeno da música raiz. Tornaram-se ídolos! Cantaram em circos, cinemas e teatros, e por muitas vezes se viram forçados a repetirem seus espetáculos em duas ou três sessões. Apresentaram-se em quase todas as cidade interioranas de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Paraná. Dupla simples e amiga de todos, chegavam a se misturar à multidão admiradora, dada a sua simpatia e naturalidade. Freqüentemente encontravam-se com um sorriso nos lábios. Foram Artistas exclusivos da Gravadora Chantecler. Tinham seus discos rapidamente esgotados e tudo que faziam eram pensando em proporcionar melhor qualidade artística ao seu imenso público.
*Informações coletadas no site Viola Tropeira
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