Este é um blog dedicado exclusivamente para o caipira, sua música, seus causos enfim tudo que tenha a ver com a vida simples do homem do campo. Aqui vc vai encontrar links para sites que tem interesse no resgate e preservação deste estilo.

quarta-feira, março 02, 2011

Brenno Reis & Marco Viola


Brenno Reis & Marco Viola: "Somos a primeira dupla que

investiu na viola caipira", diz Brenno

Enquanto enchiam os bolsos com o cachê de R$25, após se esgoelarem por uma noite inteira no palco do Búfalo Country Bar, em Cuiabá, os cantores Brenno Reis & Marco Viola tinham um plano na cabeça.

Em 1998, eles decidiram nadar contra a corrente e evitar os passos de duplas consagradas.

“Eu não queria ser um Zezé di Camargo”, recorda Brenno, que há um ano trocou Cuiabá por Maringá e hoje concilia a rotina de shows e ensaios com as pontes aéreas.

Ao fugir das influências de Zezé e seus amigos, os cantores abriram o peito - e os ouvidos - à viola caipira de Tião Carreiro & Pardinho.

Aparecer num local empunhando uma viola, contudo, não era motivo de orgulho entre os sertanejo que bombavam pelo interior do País. “O pessoal tinha vergonha. A piazada queria ouvir o que estava na moda”, diz.

Correndo o risco de cair no ostracismo bancando o sertanejo sem noção, Brenno Reis não desanimou da ideia. Acelerou os compassos das canções, meteu uma percussão pesada e amplificou o som da viola. “Hoje, somos referência desse estilo musical”, diz, com orgulho.

No panorama nacional, com o chamado sertanejo universitário dominando as programações radiofônicas, é preciso se diferenciar. Algumas duplas correram por fora e saíram na frente, trocando, também, o violão pela viola caipira. “Depois de nós é que surgiram Jads & Jadson e João Carreiro & Capataz”, nota Brenno.

Se, no começo da carreira, Brenno Reis & Marco Viola enfrentavam algum preconceito por resgatar as raízes caipiras, a viola agora faz a diferença na hora de fechar contratos.

“Quando um contratante coloca nomes de outros artistas na mesa, há 50 mil duplas que cantam o mesmo repertório. Nós somos um dos poucos que acreditam na música de raiz”, comenta.


Material coletado no site www.odiario.com


Nenhum comentário: